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quarta-feira, 29 de fevereiro de 2012

Visita ao CID


Visita do Prof.ao CID (Centro de Desenvolvimento Infantil) – Jurema –Caucaia,  para instalação da sua última Farmácia Viva

Confrei

NOME POPULAR: Confrei
NOME CIENTÍFICO: Symphytum officinale L.
FAMILIA: Boraginaceae

CARACTERÍSTICAS GERAIS

Erva perene, de caule curto, com cerca de 90 cm de altura, provida de rizoma desenvolvido e raízes fusiformes fasciculadas. As folhas são simples, alternas oblongo-lanceoladas, ásperas, cobertas de pelos, as superiores sésseis e de menor tamanho, todas com a superfície inferior bem marcada pelas nervuras salientes. Flores hermafroditas, diclamídeas, pentâmeras, de corola tubulosa amarelada, violácea ou rosada. É originária dos continentes europeus e asiático, e hoje aclimatada em quase todo o mundo.

USO
 O seu uso por via oral em doses altas ou por tempo prolongado foi  proibido pelos órgãos governamentais  de saúde de quase todos os países ocidentais. Pode ocasionar o aparecimento de tumores malignos no fígado nos brônquios e na bexiga, conseqüentes ao desenvolvimento de doença veno-oclusiva, causada pelos alcalóides pirrolizidínicos tóxicos. A quantidade de alcalóides contidos em uma xícara de chá de folhas de confrei varia de 8,5 a 26mg e das raízes bem mais, o que pode provocar graves intoxicações, cujos resultados só vão aparecer três a quatro anos depois. Nunca se deve, portanto, beber suco ou chá de confrei, nem comer suas folhas e raízes como verdura. O confrei só pode ser usado, portanto, externamente como qualquer outra planta portadora desses alcalóides. Seu emprego como medicação tópica para o tratamento  de ferimentos, ulceras varicosas, eczema, assaduras e queimaduras por água fervente, fogo ou sol, deve ser feito na forma de pomada ou cozimento, feito com suas folhas, sem riscos de intoxicação. O cozimento é preparado fervendo-se a mistura de duas partes de folhas frescas, ou uma parte de folhas secas, com cinco partes de água, durante uns cinco a dez minutos, que depois de filtrada,  pode ser usado, ainda morna em lavagens e compressas demoradas. Prepara-se a tintura com três partes das folhas secas e moídas e oito partes de álcool e quatro partes de água, em um frasco bem fechado. Após uma semana, filtra-se e guarda-se em local protegido do calor e da luz direta do sol. A pomada pode ser preparada por adição de duas partes de lanolina e seis partes de vaselina esterilizada a duas partes da tintura sob constante agitação.

Referências: 



MATOS,F.J.A., 2007, Plantas Medicinais-guia de seleção e emprego de plantas usadas em fitoterapia no nordeste do Brasil. 3,ed. Imprensa Universitária/Edições UFC, Fortaleza. 


HARRI, LORENZI, F.J. A. Matos, 2008  Plantas Medicinais: no Brasil:  nativas e exóticas, 2 ed.  Nova Odessa, SP: Instituto Plantarum






Acerola

NOME POPULAR: Acerola

NOME CIENTÍFICO: Malpighia glabra L.
FAMILÍA: Malpighiaceae
CONSIDERAÇÕES GERAIS
            A acerola é um arbusto bem ramificado com até 6m de altura, comumente até 2,5m, quando em cultivo no Nordeste. Têm folhas simples, elípticas, glabras de ápice acuminado, flores pequenas de pétalas separadas, brancas ou róseas, dispostas em cachos. Os frutos são drupas globóides de cor vermelha, com até 2,5 cm de diâmetro, e chegam a pesar 12g. No Nordeste frutifica quatro vezes por ano. É nativa da América Central, Jamaica e do Sul da América do Norte. É muito cultivada em vários países tropicais, inclusive no Brasil. Embora possa ser reproduzida facilmente por plantio das sementes, sua multiplicação deve ser feita, de preferência, por estaquia e alporquia, para se conseguir mais rápida frutificação. Deve-se ter o cuidado de proteger as mudas contra a perda de umidade, isto é, não deixá-las secar, durante as três primeiras semanas, para garantir maior índice de pega. Plantar as mudas bem enraizadas com espaçamento de três metros. Após o crescimento, fazer podas de arejamento da copa. Usar bastante adubo orgânico e boa rega diária, especialmente quando há poucas chuvas. Os primeiros frutos aparecem a partir de seis meses após o plantio. Fonte excepcional de vitamina C (1 a 5g/100mL), isto é, 1.000 a 5.000 mg de vitamina C em uma xícara de suco puro de acerola. A mesma quantidade de suco de goiaba contém apenas 180mg; de suco de caju, tem 120mg; de suco de laranja, cerca de 80mg e de suco de limão puro, somente 30mg. Os frutos totalmente maduros (vermelhos) têm um teor de vitamina C um pouco menor que o fruto em estado de prematuração (amarelos),

USO
Avitamina C aumenta a resistência as infecções, favorecendo a recuperação da saúde e contribuindo para retardar o envelhecimento.
Os frutos podem ser comidos diretamente ou usados sob a forma de suco  puro ou diluído com água ou com refresco de pitanga, caju, maracujá e outras frutas de sabor forte.
Toma-se, diariamente, um copo do refresco, recentemente preparado. A dose mínima é de 2 a 3 frutas ao dia o que  é correspondente à quantidade de vitamina C necessária para manter o nível normal desta vitamina em um adulto.

Referências:
MATOS,F.J.A., 2007, Plantas Medicinais-guia de seleção e emprego de plantas usadas em fitoterapia no nordeste do Brasil. 3,ed. Imprensa Universitária/Edições UFC, Fortaleza. 

HARRI, LORENZI, F.J. A. Matos, 2008  Plantas Medicinais: no Brasil:  nativas e exóticas, 2 ed.  Nova Odessa, SP: Instituto Plantarum



segunda-feira, 27 de fevereiro de 2012

FITOTERAPIA

NOVIDADE!!!
FITOTERAPIA AGORA É DISCIPLINA DE GRADUAÇÃO
NO CEARÁ!
Amanhã, dia 28 de fevereiro de 2012, terão início as aulas da disciplina de Fitoterapia. Essa disciplina será de responsabilidade da professora doutora Mary Anne M. Bandeira, da Universidade Federal do Ceará. Inicialmente, será uma disciplina opcional para a graduação em Farmácia, da Universidade Federal do Ceará.
Estão sendo oferecidas 15 vagas (que já estão completamente preenchidas), com uma lista de espera de mais 40 alunos.  Esse fato vem confirmar o crescente interesse dos profissionais e da comunidade em geral nessa área. 
Como a cadeia da fitoterapia envolve muitos profissionais, a idéia é que no futuro a disciplina possa ser estendida para outros cursos da área de saúde e afins: medicina, enfermagem, odontologia, biomedicina, agronomia, etc. Formando assim uma rede multidisciplinar de atenção à saúde da população.
Estima-se que o comércio mundial de produtos fitoterápicos movimenta cifras de U$ 22 bilhões de dólares (Yunes ET AL., 2001). Este quadro tem sido denominado “a revolução dos fitoterápicos” e cria novas possibilidades nessa área  (KINGHORN, 2001). Essa disciplina representa assim, um marco histórico para o nosso estado, visto que é um grande avanço para a saúde pública, pois os profissionais formados terão conhecimento científico sobre plantas medicinais, seus princípios ativos, usos, riscos, formas de preparo, etc., e estarão aptos a trabalhar com a comunidade. 
Em 1998, o Prof. J. Abreu Matos em um de seus livros, segundo dados da OMS da época, informava que aproximadamente 20 milhões de nordestinos tinham como única fonte de tratamento as plantas medicinais, pois não chegavam a ser atendidos pelos programas do governo. O Projeto Farmácias Vivas foi criado com o intuito de suprir essa carência.
Hoje, o maior acesso às plantas medicinais e fitoterápicos já são uma realidade para o Ceará, que conta com mais de 70 unidades Farmácias Vivas, que disponibilizam para a comunidade plantas medicinais certificadas. As unidades do tipo III disponibilizam fitoterápicos, o medicamento a base de plantas medicinais, pronto para uso contando com farmacêuticos exclusivamente para a sua produção e orientação à comunidade.
As aulas serão ministradas no Campus do Pici, Laboratório de Produtos Naturais, Horto de Plantas Medicinais Prof. J. A. Matos.

Malva-santa


NOME POPULAR: Malva-santa, falso-boldo, boldo-nacional
NOME CIENTÍIFICO: Plectranthus barbatus Andr.
FAMILIA: Lamiaceae (Labiatae)
UM MEDICAMENTO PARA SEU ESTÔMAGO

CARACTERISTICAS GERAIS
Planta herbácea ou subarbustiva, aromática, perene, ereta quando jovem e decumbente após 1-2 anos, pouco ramificada, até 1,5 de altura. Folhas opostas, simples, ovalada de bordas denteadas, pilosa, medindo 5 a 8 cm de comprimento e de sabor amargo, flexíveis mesmo quando secas, sendo mais espessas e suculentas quando frescas. Flores azuis, dispostas em inflorescências racemosas apicais. É originária da Índia, trazida para o Brasil provavelmente no período colonial. A sua multiplicação pode ser feita através de galhos. Retire as folhas do galho e enterre-os num canteiro com terra adubada. Deve deixar dois palmos entre uma planta e outra.  Regue todo o dia, mas evite o excesso de água que pode prejudicar a planta mesmo adulta e renove o canteiro em outro local a cada 6-8 meses.
USO:
O uso do chá faz diminuir o volume e a acidez da secreção gástrica tendo, assim, comprovada atividade antiúcera. Por isso é útil no controle de males do estômago  (gastrite, dispepsia, azia, mal-estar gástrico), ressaca e como amargo estimulante da digestão.

COMO USAR A FOLHA FRESCA
Esta forma é usada quando se tem pressa de parar com a azia e o mal estar do estômago. Tire do pé 4 folhas já crescidas, lave em água corrente. A dose é de uma folha de cada vez até 6 por dia. Pegue uma folha, mastigue e vá engolindo a saliva lentamente. Geralmente logo nas duas primeiras  folhas a azia desaparece.

COMO PREPARAR O CHÁ PARA O ESTÔMAGO
          O chá pode ser preparado fazendo-se a infusão somente com as folhas frescas ou secas ou com as folhas  e mais as cabecinhas de macela. A macela deve ser comprada no mercado pois a planta não é cultivada nas Farmácias Vivas. Põem-se 4 a 6 folhas da malva-santa em uma xícara grande e junta-se água fervente. Cobre-se, deixa-se corar por meia hora. Deve ser  tomado sem açúcar e frio ou natural. Tomar duas vezes, ou seja, metade de manhã e metade a noite, bem depois da refeição. Para preparar o chá junto com a macela que além de servir para o estomago serve também para o intestino, basta juntar 6 cabecinhas de macela com as folhas de malva-santa antes de colocar  a água quente.


 
Referências:

MATOS,F.J.A., 2007, Plantas Medicinais-guia de seleção e emprego de plantas usadas em fitoterapia no nordeste do Brasil. 3,ed. Imprensa Universitária/Edições UFC, Fortaleza.

MATOS, F.J.A., 2002 , Farmácias Vivas, 4,ed. Imprensa Universitária/Edições UFC, Fortaleza.

HARRI, LORENZI, F.J. A. Matos, 2008 Plantas Medicinais: no Brasil: nativas e exóticas, 2 ed. Nova Odessa, SP: Instituto Plantarum




Malvariço

   
                    
NOME POPULAR: Malvariço, malvarisco, hortelã-grande
NOME CINTIFICO: Plectranthus amboinicus (Lour.) Spreng
FAMILIA: Lamiaceae (Labiatae)
UM MEDICAMENTO PARA IRRITAÇÃO NA BOCA E NA GARGANTA (ROUQUIDÃO, TOSSE, BRONQUITE)

CARACTERÍSTICAS GERAIS
`                 É uma grande erva subarbustiva, perene, erecta, muito aromática, tomentosa, semicarnosa, de 40 cm a 1 m de altura. Folhas deltóide-ovais, de base truncada e margem denteada, quebradiças, com  nervuras salientes no dorso,medindo 4 a 10 cm de comprimento; É originária da Ilha de Amboino na Nova Guiné e cultivada em todos os países tropicais e subtropicais, inclusive no Brasil em hortas caseiras para fins medicinais. Parece muito com a malva-santa (Plectranthus barbatus Andr.) que tem sabor, cheiro e uso bem diferentes. A sua multiplicação pode ser feita através de galhos. Preferir ramos mais velhos. Caso replante em canteiro deve deixar dois palmos entre as plantas.

USO
Você pode usar as folhas frescas de malvariço de três maneiras, cada uma de um jeito: misturada com açúcar como se fosse uma pastilha, feito um lambedor para tosse ou como bala de chupar.

COMO USAR NA FORMA DE PASTILHA
Tire do pé 6 folhas já crescidas. Lave em água corrente para retirar a poeira e usá-las logo. Pegue uma folha coloque sobre ela uma colher de açúcar, dobre-a com cuidado e ponha na boca. Vá chupando lentamente até acabar o sabor doce. Geralmente 6 folhas num dia fazem sumir a rouquidão ou a dor de garganta.
COMO FAZER O LAMBEDOR
O lambedor ou xarope caseiro pode ser preparado da seguinte maneira: Junta-se numa panela 30 folhas frescas de malvariço e um copo cheio de açúcar arrumados em camadas, uma de açúcar, outra de folhas. Mas uma de açúcar, outra de folhas e assim por diante até acabar o açúcar e as folhas. Põem no fogo sem colocar água, mas com cuidado para não deixar queimar. Coa-se para um frasco bem limpo e esterilizado com água quente. Depois de fechado colocar um rótulo e guardar em lugar protegido contra poeira. Deve ser utilizado no máximo, até 1 mês depois de preparado, quando mantido na geladeira. Antes de usar observe se o xarope não azedou.
Outra maneira é preparar o lambedor composto:  malvariço e chambá
Colocar 1 copo de açúcar e meio copo de água fervida ou filtrada numa panela e aquecer até formar um mel.  Depois colocar meio copo com   folhas  de chambá bem lavadas e cortadas em pedaços . Aqueça durante 3 minutos.   Coloque em seguida 12 folhas de malvariço e 12 folhas de hortelã-japonesa  bem lavadas e aqueça por mais 3 minutos agitando bem. Deixe esfriar, coe e guarde em vidro esterilizado  com água quente.

COMO TOMAR O LAMBEDOR
Crianças        2 a 6 anos – 1 colher das de café 3 vezes ao dia.
                      7 a 12 anos – 1 colher das de sopa 3 vezes ao dia
Adulto          01 colher das de sopa 3 vezes ao dia

COMO PREPARAR AS BALAS DE CHUPAR
Prepare o lambedor simples ou composto da mesma maneira descrita acima. Depois de coado deixe a mistura continuar fervendo até dar o ponto de bala. Neste ponto o xarope mostra o fundo da panela quando é mexido e já solta fio quando se deixa esfriar uma amostra na ponta da colher. Estas balas podem ser chupadas à vontade para tratar os sintomas de garganta seca o dolorida, rouquidão ou mesmo tosse seca.


 
Referências:

MATOS,F.J.A., 2007, Plantas Medicinais-guia de seleção e emprego de plantas usadas em fitoterapia no nordeste do Brasil. 3,ed. Imprensa Universitária/Edições UFC, Fortaleza

MATOS, F.J.A., 2002 , Farmácias Vivas, 4,ed. Imprensa Universitária/Edições UFC, Fortaleza.

HARRI, LORENZI, F.J. A. Matos, 2008 Plantas Medicinais: no Brasil: nativas e exóticas, 2 ed. Nova Odessa, SP: Instituto Plantarum


domingo, 26 de fevereiro de 2012

Mentrasto

 


NOME POPULAR: Mentrasto, erva-de-são-joão
NOME CIENTÍFICO: Ageratum conyzoides L.
FAMÍLIA:Asteraceae

UM MEDICAMENTO ANTIINFLAMATÓRIO E ANALGÉSICO PARA REUMATISMO E CÓLICAS MENSTRUAIS
CARACTERÍSTICAS GERAIS

              É uma erva anual, erecta, pilosa e aromática,  de cheiro pouco agradável, com até 1m de altura. Folhas opostas,  verde-escuras, longos pecioladas, ovóides e ásperas, de 3-5cm de comprimento. Inflorescência em capítulos com cerca de 30-50 flores de cor lilás e branca. É muito comum nas áreas úmidas do nordeste brasileiro, principalmente nas serras. Existem dois tipos de mentrasto que nascem sempre um do lado do outro. Um tem mais folhas e quase não dá flores (tipo vegetativo). O outro dá muitas flores  (tipo florífero). Plante o mentrasto, por galho ou sementes, em canteiros úmidos e bem estrumados. Proteja as plantinhas do sol. Em pouco tempo algumas começam a produzir flores e outras não. As plantas com flores darão as sementes para o novo plantio. As plantinhas que não produzem flor servirão para fornecer as folhas usadas como remédios. Remova o plantio a cada 4 meses.
Atenção: Considerando a ação tóxica ao fígado dos alcalóides, é recomendável que sejam usados para fins medicinais, somente as plantas que estejam em estado vegetativo, ou seja, sem flores.

USO
As folhas do mentrasto servem para o tratamento da dor e da inflamação causadas por reumatismo, cólicas menstruais, artrite e artrose. O mentrasto também serve para fazer baixar a febre. Use as folhas frescas ou secas, na forma de pó ou de chá.
COMO PREPARAR E USAR O CHÁ DAS FOLHAS
Prepare a infusão, ou chá abafado, com 4 a 6 folhas frescas para uma xícara de água fervente. Ou pode usar 2 a 3 gramas das folhas secas para a mesma quantidade de água. Tome duas a três xícaras de chá por dia. Quando o tratamento for longo interrompa durante uma semana a cada mês.

COMO PREPARAR E USAR O PÓ DAS FOLHAS
Colha as folhas de mentrasto e lave em água corrente. Coloque as folhas para secar em local com sombra e ventilação. Depois faça o pó com as folhas bem secas peneirando bem. Tome meia colherinha das de café 3 a4 vezes por dia. Misture com mel, ou com água e açúcar.

COMO PREPARAR E USAR A TINTURA DAS FOLHAS
Faça a massagem com a tintura de mentrasto misturada com um pouco de óleo de pequi ou copaíba. Prepare a tintura enchendo um frasco de boca larga com folhas de mentrasto. Depois coloque álcool até a metade do frasco. Complete o frasco com água fervida, fria e limpa, até a boca. Agite o frasco pelo menos 2 vezes ao dia.Depois de três dias filtre a tintura e guarde em um frasco limpo e escaldado. Faça a compressa com a tintura demoradamente nos locais doloridos. Faça isso uma ou mais vezes ao dia até conseguir melhorar os sintomas.
ATENÇÃO!
O chá de mentrasto não deve ser dado a mulheres grávidas nem a crianças.




Referências:

MATOS,F.J.A., 2007, Plantas Medicinais-guia de seleção e emprego de plantas usadas em fitoterapia no nordeste do Brasil. 3,ed. Imprensa Universitária/Edições UFC, Fortaleza.


MATOS, F.J.A., 2002 , Farmácias Vivas, 4,ed. Imprensa Universitária/Edições UFC, Fortaleza.


HARRI, LORENZI, F.J. A. Matos, 2008 Plantas Medicinais: no Brasil: nativas e exóticas, 2 ed. Nova Odessa, SP: Instituto Plantarum

Hortelã-rasteira

NOME POPULAR: Hortelã-rasteira, hortelã-de-panela
NOME CIENTIFICO: MenthaXvillosa Huds
FAMILIA: Lamiaceae (Labiatae)

UM MEDICAMENTO CONTRA AMEBA E GIARDIA

CARACTERÍSTICAS GERAIS
Erva perene, erecta, com 30-40 cm de altura, hibrida originada do cruzamento de Mentha spicata x M suaveolens realizado na Europa e  hoje cultivada em vários países, inclusive no Brasil. Folhas ovais, curtamente pecioladas, enrugadas, medindo até 5cm, com aroma forte e bem cacterístico, que pode ser sentido melhor quando se esmaga as  folhas entre os dedos. Para fazer as  mudas usa-se raminhos em pedaços de meio palmo, que tenham raízes, tirados de uma planta adulta. Retire as folhas da metade para baixo e enterre num pequeno jarro ou saco para mudas com terra bem adubada. As novas plantinhas devem ficar cobertas durante as 2 primeiras semanas para que não sequem e possam criar raízes. Regue todo dia, mas  não coloque muita água que pode prejudicar a planta mesmo adulta. O canteiro deve ser renovado em outro local, de seis em seis meses. 

USO
Você pode usar a hortelã-rasteira de várias maneiras: as folhas frescas, o pó das folhas secas, a tintura, etc. Ela é indicada no tratamento por via oral das parasitoses intestinais quase sempre acompanhadas de cólicas e  diarréia de sangue, causadas por ameba e  giárdia, e no tratamento do corrimento vaginal causado pela infestação por tricomonas.
COMO USAR AS FOLHAS FRESCAS
Escolha 30 folhas sadias, lave com água corrente e separe em 3 porções. Tome cada porção diariamente na “vitamina” de frutas preparadas no liquidificador, ou na salada de verduras, ou na sopa, durante 5 dias seguidos.

COMO PREPARAR O PÓ DAS FOLHAS SECAS
Seque uma boa porção de folhas no forno pouco quente (pode ser tocado com a mão) ou em um lugar quente, ventilado e sombreado, até que elas fiquem quebradiças. Coloque as folhas dentro de um pano limpo e torça o pano para prender as folhas. Logo após, socar o pano com a mão de pilão até que as folhas virem pó. Guardar este pó em frasco escaldado, bem fechado, protegido contra umidade e o calor, por até 2 meses.
COMO USAR O PÓ DAS FOLHAS
Usa-se o pó na dose de meia colherinha das de café três vezes ao dia, durante cinco dias. O pó deve Sr misturado com mel de abelha ou frutas machucadas o momento do uso. O tratamento deve ser repetido após 10 dias e não exclui uma visita ao medico.
NAS DIARRÉIAS DE SANGUE:
Crianças de cinco a treze anos: uma colherinha rasa das de café 3X ao dia durante 5 dias.
Crianças maiores e adultos: uma colherinha cheia das de café 3X ao dia durante 5 dias seguidos.
Na tricomoníase vaginal: por via oral e local: tomar uma xícara das de chá e fazer higiene vaginal diariamente com uma boa porção do chá durante uma a duas semanas.

ATENÇÃO: em todos os casos o tratamento deve ser repetido após um intervalo de 10 dias. Observar os cuidados de higiene pessoal e familiar e usar de água filtrada  para beber e preparar os alimentos a fim de evitar a reinfestação.




Referências: 

MATOS,F.J.A., 2007, Plantas Medicinais-guia de seleção e emprego de plantas usadas em fitoterapia no nordeste do Brasil. 3,ed. Imprensa Universitária/Edições UFC, Fortaleza.

MATOS, F.J.A., 2002 , Farmácias Vivas, 4,ed. Imprensa Universitária/Edições UFC, Fortaleza.

HARRI, LORENZI, F.J. A. Matos, 2008 Plantas Medicinais: no Brasil: nativas e exóticas, 2 ed. Nova Odessa, SP: Instituto Plantarum

Goiabeira

NOME POPULAR: Goiabeira-vermelha
NOME CIENTÍFICO: Psidium guajava L.
FAMILIA: Myrtaceae
UM MEDICAMENTO CONTRA DIARRÉIAS

CARACTERÍSTICAS GERAIS
A goiabeira é uma arvoreta frutífera de copa aberta, de até 7m de altura com folhas opostas, oblongas, subcoriáceae e aromáticas. Flores alvas solitárias ou em grupos de 2-3 nas axilas das folhas. Fruto do tipo baga, com polpa doce e levemente aromática, medindo de 10cm de diâmetro, com sementes pequenas duras. É nativa da América do Sul, desde a Vnezuela até o  Rio de Janeiro e cultivada em todos os países de clima tropical. Existem dois tipos mais comuns, a vermelha e a branca, sendo a vermelha mais ativa e com maior efeito.A goiabeira pode ser plantada a partir das sementes. É preferível obter mudas de boa procedência, com garantia de serem da goiabeira vermelha, que devem ser plantadas com espaçamento de 4m. Podar bem e regar frequentemente para estimular a produção dos gomos foliares terminais (olhos) que são usados na preparação dos chás.

USO
           As folhas contêm tanino, óleo essencial e rutina, mas seu princípio ativo não está bem definido. Sabe-se que ela age nas diarréias por três mecanismos: uma ação adstringente devido ao tanino, uma ação que impede a transferência de água dos tecidos para o intestino, devida a rutina, e uma ação antimicrobiana especialmente forte contra Salmonela e Shighella, micróbios comuns nas infecções intestinais.
Além de combater as diarréias o chá do olho da goiabeira serve para tratamento das inflamações da boca e da garganta quando usado em bochecho e gargarejo.
O “olho da goiabeira” é o gomo foliar semi-desenvolvido, isto é, aquelas folhinhas  que crescem nas pontas dos galhos.
Para fazer o chá use vários olhinhos formados por duas folhas maiores, mas ainda não endurecidas, e o conjunto das pequeninas que estão bem na ponta do galho.
Use as folhas bem jovens de goiabeira (olhos) de duas maneiras: fazendo o chá simples ou misturado com açúcar e sal como o soro caseiro.

PREPARE O CHÁ
Faça a infusão com 4-6 olhinhos, em uma xícara de água fervente. Deixe corar e tome morno ou gelado, ate três vezes ao dia. Quando a diarréia é forte e há perigo de desidratação prepare um litro do chá usando 30 a 40 olhinhos, junte 1 colher das de sopa de açúcar  e uma pitada de sal, assim como se faz o soro caseiro.

MODO DE USAR
Tome o chá, morno ou gelado preparado recentemente, uma ou mais vezes ao dia.
Nas diarréias fortes: beba o chá em doses pequenas, com intervalos bem curtos e freqüentes. Tomando-se de cada vez uma colher das de sobremesa no caso de crianças, ou meia xícara, nos casos de adultos, até a diarréia parar.
Nas inflamações da boca e da garganta: Faça gargarejo ou bochecho com o chá preparado da mesma maneira descrita acima, 3 a 4 vezes ao dia.
ATENÇÃO!
Nunca deixe nenhum chá para o outro dia fora da geladeira ou por mais de três dias na geladeira. Tenha sempre o cuidado de obedecer rigorosamente aos princípios de higiene, usando vasilhas bem limpas e escaldadas. A limpeza é sua maior segurança.


Referências: 

MATOS,F.J.A., 2007, Plantas Medicinais-guia de seleção e emprego de plantas usadas em fitoterapia no nordeste do Brasil. 3,ed. Imprensa Universitária/Edições UFC, Fortaleza. 


MATOS, F.J.A., 2002 , Farmácias Vivas, 4,ed. Imprensa Universitária/Edições UFC, Fortaleza. 

HARRI, LORENZI, F.J. A. Matos, 2008  Plantas Medicinais: no Brasil:  nativas e exóticas, 2 ed.  Nova Odessa, SP: Instituto Plantarum

Chambá

                      


NOME POPULAR: Chambá, anador, trevo-cumaru
NOME CIENTIFICO: Justicia pectoralis var. stenophylla Leonard
FAMILIA: Acanthaceae
UM MEDICAMENTO PARA TOSSE E  DIFICULDADES RESPIRATÓRIAS
CARACTERÍSTICAS GERAIS
Pequena erva sempre verde, perene, subereta, com até 40cm de altura, folhas simples, membranáceas, estreitas e longas, medindo 3 a 10cm de comprimento. Flor de coloração mariscada, muito pequenas. Toda a planta desprende um forte cheiro de cumaru algum tempo depois de coletada. Multiplica-se facilmente por estacas ou pequenas porções dos ramos já enraizados; cresce bem em canteiros semissombreados, formando conjuntos aglomerados globóides. Esta forma de crescimento serve para distinguir esta erva de outras que recebem o mesmo nome popular, mas que crescem como grama.
USO
O extrato da planta tem ação broncodilatadora, analgésica e antiinflamatória comprovadas experimentalmente, o que a torna muito útil no tratamento das crises de asma, tosse, bronquite e do chiado no peito.
Use o chambá  para fazer chá  ou  lambedor. O lambedor deve ser feito com a planta chamada malvariço.
COMO PREPARAR O CHÁ DE CHAMBÁ
Ponha uma xícara das médias de folhas do chambá numa vasilha. Junte um copo d’água e ponha para cozinhar. Tire do fogo assim que sentir um  cheiro parecido com o do cumaru. Coe e  separe para tomar de 2 vezes. Mantenha o tratamento durante uma  semana. Se não ficar bom procure um  médico.

COMO PREPARAR O LAMBEDOR DE CHAMBÁ COM MALVARIÇO
Colocar 1 copo de açúcar e meio copo de água fervida ou filtrada numa panela e aquecer até formar um mel.  Depois colocar meio copo com   folhas  de chambá bem lavadas e cortadas em pedaços . Aqueça durante 3 minutos.   Coloque em seguida 12 folhas de malvariço e 12 folhas de hortelã-japonesa  bem lavadas e aqueça por mais 3 minutos agitando bem. Deixe esfriar, coe e guarde em vidro esterilizado  com água quente.

COMO TOMAR O LAMBEDOR
Crianças        2 a 6 anos – 1 colher das de café 3 vezes ao dia.
                       7 a 12 anos – 1 colher das de sopa 3 vezes ao dia

Adulto            01 colher das de sopa 3 vezes ao dia


Referências:
MATOS,F.J.A., 2007, Plantas Medicinais-guia de seleção e emprego de plantas usadas em fitoterapia no nordeste do Brasil. 3,ed. Imprensa Universitária/Edições UFC, Fortaleza.
 MATOS, F.J.A., 2002 , Farmácias Vivas, 4,ed. Imprensa Universitária/Edições UFC, Fortaleza.

HARRI, LORENZI, F.J. A. Matos, 2008 Plantas Medicinais: no Brasil: nativas e exóticas, 2 ed. Nova Odessa, SP: Instituto Plantarum

Capim-santo



NOME POPULAR: Capim-santo, capim-limão, capim-cidreira
NOME CIENTFICO: Cymbopogon citratus (DC.) Stapf.

FAMILIA: Poaceae (Gramineae)
UM MEDICAMENTO CALMANTE E ESPASMOLÍTICO

CARACTERÍSTICAS GERAIS
              Erva cespitosa quase caule, com folhas longas, estreitas e aromáticas e, quando recentemente amassada tem forte cheiro de limão. Cultivada em quase todos os países tropicais inclusive no Brasil. Forma touceiras densas e pode crescer até meio metro de altura.  Existe um outro capim que também forma touceiras chamado citronela (Cymbopogon winterianus), que pode ser confundido com o capim-santo mas seu cheiro lembra mais o eucalipto limão e suas folhas são mais largas. Existe também um outro que é o capim-santo gigante (Cymbopogon flexuosos) que tem as folhas muito maiores. A troca com este não tem importância porque os dois têm as mesmas propriedades. Você pode fazer suas mudas de capim-santo, usando os filhos que nascem junto das plantas adultas. Os filhos são retirados e separados em grupos de 3. Replante em jarros ou em canteiros com terra bem adubada.
USO
O capim-santo serve para controlar o nervosismo e tratar as pequenas dores de barriga.
Você pode usar o capim-santo para fazer o chá abafado ou o  refresco. Para preparar o chá ou o refresco  é melhor usar as folhas frescas, colhidas na hora.
PREPARE O CHÁ DE CAPIM SANTO
Pegue 4 a 6 folhas frescas e lave bem. Corte as folhas em pedaços pequenos numa xícara bem limpa. Derrame água que acabou de ferver em cima das folhas cortadas. Depois, cubra a xícara e deixe corar. Nunca ferva as folhas, pois elas perdem muito de seu efeito. Para preparar meio litro de chá, use 20 folhas. Essa quantidade dá para 4 xícaras. Tomar 2 a 3 vezes por dia. Caso precise poderá tomar um pouco mais.
COMO PREPARAR O SUCO DE CAPIM-SANTO COM LIMÃO
Triturar no liquidificador 40 folhas do capim-santo com 1 litro de água e em seguida coar. Adicionar o sumo de 2 limões, gelo e açúcar a gosto. Uso imediato.


Referências: 

MATOS,F.J.A., 2007, Plantas Medicinais-guia de seleção e emprego de plantas usadas em fitoterapia no nordeste do Brasil. 3,ed. Imprensa Universitária/Edições UFC, Fortaleza.

MATOS, F.J.A., 2002 , Farmácias Vivas, 4,ed. Imprensa Universitária/Edições UFC, Fortaleza.

HARRI, LORENZI, F.J. A. Matos, 2008 Plantas Medicinais: no Brasil: nativas e exóticas, 2 ed. Nova Odessa, SP: Instituto Plantarum

Babosa


NOME POPULAR: Babosa
NOME CIENTÍFICO: Aloe vera (L) Burm.f.
FAMILIA: (Asphodelaceae ( Liliaceae)
UM  CICATRIZANTE DE USO LOCAL PARA PELE E MUCOSAS

CARACTERÍSTICAS GERAIS

Planta herbácea de até 1m de altura, de origem provavelmente africana. Tem folhas grossas, carnosas e suculentas, dispostas em rosetas e presas a um caule muito curto, que quando cortadas deixam escoar um suco viscoso, amarelado e muito a margo. Cresce de forma subespontânea em toda região Nordeste. As mudas dessa planta são feitas usando os filhotes que nascem junto das plantas adultas. Replante em jarros ou canteiros deixando três palmos entre uma planta e outra. Ela prefere solo arenoso e não exige muita água.

USO
           Esta é uma das plantas de uso tradicional mais antigo que se conhece, inclusive pelos judeus que costumava envolver os mortos em lençol embebido no sumo de aloe, para retardar a putrefação. Na medicina popular ocidental seu uso mais comum é feito pelas mulheres para o trato dos cabelos. Também como emoliente local para acelerar o amadurecimento de furúnculos, abscessos, panarício e de inflamações anurretais em conseqüência de hemorróidas. É indicado como cicatrizante nos casos: de queimaduras e ferimentos superficiais da pele, pela aplicação local do sumo fresco, diretamente ou cortando-se uma folha, depois de bem limpa, de modo a deixar o gel exposto para servir como um delicado pincel; caso de hemorróidas inflamadas são usados pedaços, cortados de maneira apropriada, como supositórios. Estes pedaços podem ser facilmente preparados com auxilio de um aplicador vaginal ou de uma seringa descartável cortada; usa-se diariamente antes de deitar, após a higiene local. Nas contusões, entorse e dores reumáticas: emprega-se a alcoolatura preparada pela mistura de álcool e água e passada através de um pano. Esta mistura pode ser aplicada na forma de compressas e massagens nas partes doloridas.
CUIDADO!
Nunca dê a uma criança lambedor, garrafada preparado com esta planta, ou  qualquer outra que contenha antraquinona (sena, manjerioba, canafístula, etc). Ela pode provocar uma crise de nefrite aguda, resultando em forte inchação por parada dos rins, seguida de morte.


Referências:
MATOS,F.J.A., 2007, Plantas Medicinais-guia de seleção e emprego de plantas usadas em fitoterapia no nordeste do Brasil. 3,ed. Imprensa Universitária/Edições UFC, Fortaleza.

MATOS, F.J.A., 2002 , Farmácias Vivas, 4,ed. Imprensa Universitária/Edições UFC, Fortaleza.

HARRI, LORENZI, F.J. A. Matos, 2008 Plantas Medicinais: no Brasil: nativas e exóticas, 2 ed. Nova Odessa, SP: Instituto Plantarum


segunda-feira, 20 de fevereiro de 2012

Alecrim Pimenta




NOME POPULAR: Alecrim pimenta, alecrim-bravo e estrepa cavalo
NOME CIENTIFICO: Lippia sidoides   Cham.

FAMILIA: Verbenaceae
UM ANTISSÉPTICO DE USO LOCAL PARA PELE E MUCOSA
CARACTERÍSTICAS GERAIS
Planta arbustiva, caducifólia, aromática,  própria da  vegetação nordestina. Tem caule grosso erecto muito ramificado e quebradiço, medindo aproximadamente 2-3m de altura, próprio da vegetação do semiárido nordestino. Folhas longas e finamente crenadas com até 3cm por 1,5 de largura, flores muito pequenas, esbranquiçadas reunidas em pequenas espigas de eixo curto nas axilas das folhas.  As sementes diminutas são dificilmente visíveis. Não tolera água salgada. È freqüente nos arredores de  Mossoró-RN e Tabuleiro do Norte-CE. Pode ser multiplicado a partir de exemplares cultivados pelo processo de estaquia usando-se os ramos finos. As mudas devem ser plantadas depois de bem enraizadas (1-2 meses), com espaçamento de 3 a 4 m. Evitar excesso de água durante a rega, pois a planta é originalmente da caatinga.
USO
        Tem forte ação antimicrobiana contra fungos, bactérias e larvas de mosquito da dengue (Aedes aegypti). É indicado como antisséptico. Suas preparações são muito eficientes no tratamento da acne, sarna infectada, panos brancos, impigens, caspas e do mau-cheiro nos pés, axilas e virilhas. Use o alecrim de duas (2)  maneiras. Como tintura ou como sabonete líquido.
APRENDA A PREPARAR E USAR A TINTURA CASEIRA DE ALECRIM
          Consiga primeiro um frasco de boca larga. Limpe-o muito bem. Encha o frasco com folhas escolhidas do pé de alecrim-pimenta. Coloque álcool de farmácia até ver que chegou na metade. Complete com água filtrada ou fervida. Deixe ficar 3 dias e agite pelo menos 1 vez em cada dia. Use um coador e passe a tintura pronta para um outro  frasco  limpo igualmente o primeiro. Guardar em lugar seguro, rotulado e datado.

COMO USAR A TINTURA
           A tintura pode ser usada pura em compressas locais, para evitar ou curar infecções de ferimentos da pele e do couro cabeludo. Para tratar as infecções da boca e da garganta misture uma colher da tintura com meio copo de água fervida e faça o gargarejo e bochecho. Use a mesma mistura para fazer lavagens vaginais como desodorante íntimo.

APRENDA A PREPARAR E USAR O SABONETE LÍQUIDO
          Cortar em pequenos pedaços uma barra de sabão de coco e colocar numa panela juntamente com uma xícara de água. Aquecer até derreter, retirar do fogo, e juntar rapidamente a tintura de alecrim pimenta, agitando com uma colher. Fazer a limpeza da área afetada com água e sabão. Aplicar o sabonete 3 vezes ao dia.

Referências: 

MATOS,F.J.A., 2007, Plantas Medicinais-guia de seleção e emprego de plantas usadas em fitoterapia no nordeste do Brasil. 3,ed. Imprensa Universitária/Edições UFC, Fortaleza. 

MATOS, F.J.A., 2002 , Farmácias Vivas, 4,ed. Imprensa Universitária/Edições UFC, Fortaleza. 

HARRI, LORENZI, F.J. A. Matos, 2008  Plantas Medicinais: no Brasil:  nativas e exóticas, 2 ed.  Nova Odessa, SP: Instituto Plantarum