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quarta-feira, 29 de fevereiro de 2012

Confrei

NOME POPULAR: Confrei
NOME CIENTÍFICO: Symphytum officinale L.
FAMILIA: Boraginaceae

CARACTERÍSTICAS GERAIS

Erva perene, de caule curto, com cerca de 90 cm de altura, provida de rizoma desenvolvido e raízes fusiformes fasciculadas. As folhas são simples, alternas oblongo-lanceoladas, ásperas, cobertas de pelos, as superiores sésseis e de menor tamanho, todas com a superfície inferior bem marcada pelas nervuras salientes. Flores hermafroditas, diclamídeas, pentâmeras, de corola tubulosa amarelada, violácea ou rosada. É originária dos continentes europeus e asiático, e hoje aclimatada em quase todo o mundo.

USO
 O seu uso por via oral em doses altas ou por tempo prolongado foi  proibido pelos órgãos governamentais  de saúde de quase todos os países ocidentais. Pode ocasionar o aparecimento de tumores malignos no fígado nos brônquios e na bexiga, conseqüentes ao desenvolvimento de doença veno-oclusiva, causada pelos alcalóides pirrolizidínicos tóxicos. A quantidade de alcalóides contidos em uma xícara de chá de folhas de confrei varia de 8,5 a 26mg e das raízes bem mais, o que pode provocar graves intoxicações, cujos resultados só vão aparecer três a quatro anos depois. Nunca se deve, portanto, beber suco ou chá de confrei, nem comer suas folhas e raízes como verdura. O confrei só pode ser usado, portanto, externamente como qualquer outra planta portadora desses alcalóides. Seu emprego como medicação tópica para o tratamento  de ferimentos, ulceras varicosas, eczema, assaduras e queimaduras por água fervente, fogo ou sol, deve ser feito na forma de pomada ou cozimento, feito com suas folhas, sem riscos de intoxicação. O cozimento é preparado fervendo-se a mistura de duas partes de folhas frescas, ou uma parte de folhas secas, com cinco partes de água, durante uns cinco a dez minutos, que depois de filtrada,  pode ser usado, ainda morna em lavagens e compressas demoradas. Prepara-se a tintura com três partes das folhas secas e moídas e oito partes de álcool e quatro partes de água, em um frasco bem fechado. Após uma semana, filtra-se e guarda-se em local protegido do calor e da luz direta do sol. A pomada pode ser preparada por adição de duas partes de lanolina e seis partes de vaselina esterilizada a duas partes da tintura sob constante agitação.

Referências: 



MATOS,F.J.A., 2007, Plantas Medicinais-guia de seleção e emprego de plantas usadas em fitoterapia no nordeste do Brasil. 3,ed. Imprensa Universitária/Edições UFC, Fortaleza. 


HARRI, LORENZI, F.J. A. Matos, 2008  Plantas Medicinais: no Brasil:  nativas e exóticas, 2 ed.  Nova Odessa, SP: Instituto Plantarum






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