Açafroa

NOME POPULAR: Açafroa, açafrão, açafroa-da-terra, açafrão-da-India

NOME CIENTÍFICO: Curcuma longa  L.

FAMILIA:  Zingiberaceae)

CARACTERISTICAS GERAIS

Planta herbácea,  perene, caducifólia, aromática de folhas grandes, longamente pecioladas, invaginantes e oblongo-lanceoladas. Flores amareladas, pequenas, dispostas em espigas compridas. As raízes terminam em um rizoma elíptico, de onde partem vários rizomas menores, todos marcados em anéis de brácteas secas. Cada rizoma mede 10 cm de comprimento e quando cortados mostram uma superfície de cor vermelha alaranjada. Tem cheiro forte agradável e sabor aromático e picante. Originária da Índia é cultivada em todo o mudo tropical. Para seu cultivo, os rizomas separados ou suas ramificações devem ser plantados em terreno arenoso, adubado e bem drenado. A coleta dos novos rizomas já desenvolvidos é feita após alguns meses, assim que as folhas começam a secar, fazendo-se em seguida o replantio.

USOS

Seu uso sobre o aparelho digestivo apresenta ação colerética, isto é, estimula a secreção de bílis, sendo, por isso, útil no tratamento de prisão de ventre habitual e para auxiliar a digestão. Atua como quimiopreventivo contra o câncer do cólon  e mostrou, em ensaio clínico, ação cicatrizante de úlcera gástrica mediante administração de 300mg/dia, durante 4 semanas. Apresentou ação inibidora sobre o Helicobacter pylori. No sistema circulatório mostrou ação antiagregante plaquetário tão eficiente quanto a aspirina; atividade  hipolipemiante (consequentemente antiaterosclerótica). Tem também atividade antiinflamatória semelhante à fenil-butazona e por sua ação neuroprotetora pode se tornar uma nova arma terapêutica contra a doença de Alzheimer. Pode ser usado em estado fresco, como parte da salada de verduras, em doses de 2 a 5 gramas três vezes ao dia, ou de 1 a 2 gramas de rizoma reduzido a pó, que pode ser encontrado no comércio como tempero culinário. A tintura concentrada (1:1), nas doses de 2 a 5 mL diluídas em um pouco de água adoçada, até três vezes ao dia, como preventivo de acidentes vasculares devidos à hipercolesterolemia e antiinflamatório na prostatite benigna. Para preparar a tintura deixam-se os rizomas triturados em maceração no álcool de cereais diluído com três partes de água, durante sete dias, reutilizando-se o líquido extrativo de pois de filtrado nas novas extrações, até que se tenha alcançado a concentração de 1:1, isto é, quando 1 mL da tintura for equivalente a 1g do rizoma seco.

Referencias:

MATOS,F.J.A., 2007, Plantas Medicinais-guia de seleção e emprego de plantas usadas em fitoterapia no nordeste do Brasil. 3,ed. Imprensa Universitária/Edições UFC, Fortaleza. 

MATOS, F.J.A., 2002 , Farmácias Vivas, 4,ed. Imprensa Universitária/Edições UFC, Fortaleza. 

HARRI, LORENZI, F.J. A. Matos, 2008  Plantas Medicinais: no Brasil:  nativas e exóticas, 2 ed.  Nova Odessa, SP: Instituto Plantarum