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sábado, 10 de março de 2012

Funcho

NOME POPULAR: Funcho, erva-doce,  falso-anis
NOME CIENTÍFICO: Foeniculum vulgare Mill.
FAMILIA: Apiaceae (Umbelliferae)

CARACTERÍSTICAS GERAIS

Erva perene ou bienal, entouceirada, aromática, de 40-90 cm de altura, nativa da Europa e amplamente cultivada em todo o Brasil. Folhas inferiores alargadas de até 30 cm de comprimento e superiores mais estreitas, com pecíolo alargado como bainha que envolve o  caule, compostas pinadas, com folíolos reduzidos a filamentos. Flores pequenas, hermafroditas, de cor amarela, dispostas em umbelas compostas por 10-20 umbelas menores. Os frutos são oblongos, compostos por dois aquênios de cerca de 4 mm de comprimento.

USOS
A base da haste é empregada na culinária como legume, enquanto os frutos, vulgarmente chamados de sementes, tem sido empregados desde a mais remota antiguidade na forma de chá medicamentoso nos casos de problemas digestivos, como estimulante das funções digestivas, para eliminar gases, combater cólicas e estimular a lactação. Em sua composição química destaca-se o óleo essencial constituído principalmente de anetol (90-95%), o que lhe confere o sabor e odor característicos do anis, acompanhado de menores quantidades de metilchavicol, anisaldeido, linalol e outros derivados terpenicos oxigenados. Suas propriedades determinadas através de ensaios de laboratório mostraram atividade inseticida e antifúngica semelhante ao anetol, além de ser estimulante das funções digestivas, carminativo e espasmolítico; em uso cocomitante com substancias anticancerígenas evitou o aparecimento das reações secundárias próprias da quimioterapia. A luz solar provoca a transformação do transanetol, não tóxico, em cis-anetol que é tóxico, com formação de dianetol e fotoanetol, que tem atividade estrogênica o que, de certo modo, explica a utilização desta planta nos casos de distúrbios menstruais e como galactagogo.

Referencias:
 
MATOS, F.J.A., 2002 , Farmácias Vivas, 4,ed. Imprensa Universitária/Edições UFC, Fortaleza. 


HARRI, LORENZI, F.J. A. Matos, 2008  Plantas Medicinais: no Brasil:  nativas e exóticas, 2 ed.  Nova Odessa, SP: Instituto Plantarum




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