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quinta-feira, 1 de março de 2012

Hortelã-japonesa

NOME POPULAR: Hortelã-japonesa, vique,
NOME CIENTÍFICO: Mentha arvensis  L.
FAMILIA: Lamiaceae (Labiatae)

CARACTERÍSTICAS GERAIS

Erva anual ou perene, ereta, de 30 a 60cm de altura, com folhas oval-oblonga ou oblongo-lanceoladas, levemente denteadas, pubescentes e muito aromáticas, medindo 2 a 7 cm de comprimento. Flores esbranquiçadas, reunidas em inflorescência terminais. Toda a planta tem odor e sabor mentolado forte. É uma espécie tradicionalmente cultivada no Oriente, em especial no Japão, de onde foi trazida ao Brasil por imigrantes daquele país. Seu cultivo foi aprimorado pelo Instituto de Química  Agrícola do Rio de Janeiro, visando o fornecimento de mentol para o Ocidente, interrompido com a guerra- em 1942 o Brasil passou a produzir todo o mentol necessário para o consumo nos países aliados. É  cultivada em larga escala no Sudeste do Brasil e no Paraguai para produção de mentol e do óleo essencial parcialmente desmentolado. No Nordeste do Brasil é mantida em pequenos cultivos caseiros para uso nas práticas da medicina popular com o nome comum “vique”.


USO

Toda a parte aérea da planta é utilizada para fins medicinais. Em farmácia e confeitaria, ela ou seu óleo essencial são usados para conferir sabor e odor de menta a remédios  e balas. Na industria de cosmético serve para conferir sensação refrescante  a loções e cremes para barba e,pastas de dentes. A etnofarmacológica registra o seu uso em medicina popular, atribuindo-lhe as propriedades antidispéptica, antivomitiva, descongestionante nasal e antigripal, incluindo seu emprego de forma especial no caso de dor de cabeça e coceira na pele. As folhas e o óleo essencial podem ser cheirados lentamente como desobstruente nasal e para alivio do mal-estar respiratório do inicio da gripe. Por causa do alto teor de mentol, esta forma de tratamento não deve ser aplicada em excesso porque pode provocar paralisia respiratória, quando fortemente aspirado. Para tratamento de problemas gástricos, acompanhados ou não de vômitos, usa-se o chá do tipo abafado (infusão), preferencialmente gelado e preparado colocando sobre 6 a 10 folhas da planta água fervente em quantidade suficiente para  uma xícara das médias que deve ser coberta até esfriar.O estudo farmacológico do óleo essencial destaca como importante sua atividade contra bactérias e fungos e como colagogo o emprego desta planta  de seu óleo essencial é aprovado em todo o mundo como medicação útil nos casos de resfriado comum, tosse, bronquite, febre, calafrios, inflamações na boca e na  faringe, dores e tendência a infecções.


RECEITAS USADAS NA MEDICINA CASEIRA
 

Beber um copo com água, chá ou suco aromatizado com 2 gotas do óleo essencial, 2 a 3 vezes ao dia para alívio de problemas do estômago.

 Compressa localizada, preparada com água aromatizada com 10 a 29 gotas em um copo, para aliviar sensação de aperto no peito, o que serve também para coceiras.

 Massagear as têmporas com 1 a 2 gotas para aliviar a dor de cabeça, o que se consegue também usando as folhas frescas.



Referência: 

 HARRI, LORENZI, F.J. A. Matos, 2008  Plantas Medicinais: no Brasil:  nativas e exóticas, 2 ed.  Nova Odessa, SP: Instituto Plantarum


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